sábado, 30 de agosto de 2008

Cai a máscara do Último Salvador da Pátria

A candidata à prefeitura de Porto Alegre Luciana Genro, desmascarou definitivamente a esquerda brasileira, ao aceitar 100 mil reais da multinacional Gerdau. Luciana que sempre afirmou ser uma “política diferente” comprometida com o povo e com a verdade nos provou no dia 14 de agosto, que os seus ideais são relativos, e que o seu povo nem sempre é formados por trabalhadores.
A diferença do PSOL para os de mais partidos, sempre foi à forma com a qual arrecadava fundos para suas atividades. Todos os gastos eleitorais eram até semana passada, supridos pelos próprios integrantes da instituição, ou seja, O PSOL NÃO ACEITAVA QUALQUER VERBA DE GRANDES EMPRESAS. Essa prática se baseava na certeza de que qualquer gasto de empresários em campanhas eleitorais resultam automaticamente em um futuro aumento de impostos. As grandes Estatais precisam ter um retorno sobre o investimento em seus candidatos, e esse retorno é garantido pelo partido em questão, que se vê obrigado a ir contra a sua própria ideologia, para saudar a dívida com os capitalistas. É a nossa tão conhecida “troca de favores”, a república velha está de volta, mas com um novo rosto. Hoje, não são coronéis plantadores de café, com os capangas em volta, e a arma na cintura, que iludem o povo. E sim uma mulher, provida de um discurso revolucionário, alguns jovens perdidos e um sorriso bonito.
Partido, socialismo e Liberdade: precisamos lutar por isso nas eleições, nos dizem os supostos esquerdistas. Mas que socialismo queremos defender? Por qual liberdade estamos lutando? Infelizmente o combate do PSOL não é o mesmo da classe trabalhadora. O socialista que aceita fazer acordos com capitalistas, quando essa ação resultará em mais uma dívida para o povo, não é um socialista de verdade. Uma liberdade, que nos obrigada a ir contra os nossos valores, não é uma liberdade real. Acredito que a postura assumida por Luciana Genro tenha o seu lado positivo, pois despertará o povo. E os brasileiros nesse momento entenderão que não existem salvadores da Pátria. O verdadeiro herói é o homem que acorda às seis da manhã, trabalha em dois empregos, para poder dar um futuro melhor para os filhos. É a dona de casa que se abstém da vida profissional para cuidar da família. Ou a mulher que encara um dia todo de trabalho, e ainda encontra espaço para ajudar as crianças nos deveres escolares à noite. Nós somos heróis, e somente nós poderemos tirar a venda que o capitalismo implantou nos olhos do mundo.

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