sábado, 9 de agosto de 2008

Senhor da Guerra

O fantasma que manchou a Terra de sangue, por cerca de 40 anos pode estar voltando a assombrar a humanidade. EUA e URSS não cansados de proporcionar a morte de milhares de pessoas durante a Guerra Fria, confrontam-se indiretamente mais uma vez. As cobaias agora, são a Geórgia e a Ossétia do Sul, países que fazem fronteira com a Rússia (antiga URSS). Com a queda do Muro de Berlim, e a conseqüente dissociação da URSS, muitos problemas de nacionalidade foram gerados. O que forma um país, não são somente fronteiras, mas um povo, com uma cultura, uma religião, uma ideologia política e social. Ao separar a URSS o povo, por vezes não foi levado em consideração, o que acarretou em uma série de problemas, como o que ocorre com a Geórgia e a Ossétia do Sul. Até 1992 a Ossétia fazia parte da Geórgia, com a queda do muro de Berlim, a mesma decidiu se auto-proclamar independente. A Geórgia não concordou com a decisão da Ossétia, por considerar a região importante cultural e economicamente. A Ossétia é rota de transporte de petróleo e gás natural. O que se esconde por trás desse confronto que já proporcionou tanta destruição, são duas potências mundiais, que ganharam força após a Segunda Grande Guerra. Uma saiu vitoriosa, e consolidou no mundo um capitalismo voraz que rouba tudo de quase todos, inclusive o tempo e a vida. A outra se segmentou, teve seu sistema de governo estigmatizado como utópico e ditador. O mundo pós Guerra, não estava preparado para um confronto direto entre as duas nações. Hoje, porém, um enfrentamento seria viável o que certamente não é o ideal, contudo pouparia a humanidade de ver os EUA se aproveitando das rixas de pequenos países para vender suas armas, como está acontecendo na fronteira russa.
Os americanos apóiam a Geórgia, por suas tropas estarem executando treinamento militar no território georgiano. A Rússia por sua vez, defende os separatistas, porque se usa da região para abrigar refugiados. No entanto, esses não são os únicos motivos pelos quais as potências estão envolvidas na disputa. A maior fonte de renda americana é a indústria bélica, por isso os “senhores da guerra” sempre vão precisar de um confronto, ou seja, dos sonhos de jovens idealistas que lutem por causas que não são deles. Dinheiro, sujo de sangue ou não, infelizmente ainda tem o mesmo valor. Quantos mais terão que morrer para que os EUA permaneçam no topo do mundo?

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