sábado, 28 de junho de 2008

Teatro de Marionetes

A classe dominante mais uma vez, se aproveita da ingenuidade e indignação de um povo cansado com tantas desigualdades sociais, e o coloca como fantoches em um verdadeiro teatro de marionetes, onde o diretor representante da burguesia comanda o espetáculo a seu bel prazer.
Cerca de 20 manifestantes, vestindo preto, com cartazes que mostravam sua revolta quanto à carga tributária e a situação do estado em geral, saíram nesta sexta-feira (27/6) do shopping Total em uma passeata que acabaria em frente à Assembléia Legislativa.
A situação nos remetia a um quadro onde jovens inspirados talvez nas “Diretas Já”, ou nos “Caras Pintadas”, resolveram ir para as ruas e lutar por um mundo melhor. Todavia, ao investigar o movimento mais afundo descobri que a iniciativa não passava de uma armação do vice-governador Paulo Feijó, para sabotar o governo de Yeda Crusius, como afirma o divulgador do mesmo, Bruno Missoni. “Trabalho para o vice-governador, meu patrão nos mandou aqui realizar essa passeata, foi tudo decidido em cima da hora.”
É lamentável que cenas como estas ainda se repitam no cotidiano brasileiro. Nós já vimos esse filme inúmeras vezes como por exemplo. Na Revolução Russa em 1917, no movimento da Balaiada em 1841 e aqui mesmo no estado com a Revolução Farroupilha, que apesar de não ser uma guerra do povo, foi comprada também pelos escravos. Os negros foram os verdadeiros heróis da Guerra dos Farrapos, eles ocuparam os campos de batalhas, deram o seu sangue por um sonho de liberdade, e viram da senzala o elitista Bento Gonçalves ser aclamado como herói.
É fundamental sim que a população vá para as ruas, e almeje mudar o mundo. Porém, é necessário saber pelo o que e por quem se está lutando. Feijó deixou claro sexta-feira, que como o historiador e escritor Maquiavel, acredita que. "Os fins justificam os meios". No entanto, o povo brasileiro como um todo não acredita que tal frase seja verdadeira. Prova disso é o fato de os trabalhadores permanecerem acordando antes do sol nascer, e voltando para casa depois que ele já se foi, para ganhar um salário que mal completa as necessidades básicas do ser humano, e mesmo vivendo esse quadro, em sua maioria é incapaz de ficar com qualquer objeto que não lhe pertença. O brasileiro é honesto, é guerreiro, é um povo criativo e inteligente, porém ingênuo e acomodado em demasia quando o assunto é política. Mas toda essa acomodação é compreensível. É difícil pensar em mudar o mundo, quando falta comida na mesa, é complicado ter tempo para sonhar, quando dormir se torna impossível.

Um comentário:

Marluci Stein disse...

Lamentável situação, mesmo!

Bruninha! Te linkei lá no meu! ;)
Beijo
Marluci
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