sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Não à CPMF
A Contribuição Provisória da Movimentação Financeira-(CPMF), mais uma vez é pauta de discussão na Assembléia legislativa. O governo federal quer prorrogar o tributo, que deveria ser finalizado em Dezembro desse ano, até 2011.
É uma vergonha a necessidade do governo de permanecer explorando a população, uma taxa implantada em 1993, que deveria ser provisória está se tornando um imposto permanente aos olhos de todos, o PSDB partido que deveria ser de oposição concorda com o governo federal em manter a tarifa, porém quer diminuir seu valor de 0,38%, para 0,2%. Não importa o valor cobrado o importante é que o povo está pagando por algo que visivelmente não chega ao seu destino, ou seja a saúde. O dinheiro arrecadado com a CPMF deveria ser investido no Sistema Ùnico de Saúde-(SUS), porém o que vemos, são hospitais com filas intermináveis, pacientes do hospital Conceição, localizado na z. Norte de Porto Alegre esperam cerca de 3h na fila, por atendimento, e esse infelizmente não é um caso isolado. Pessoas instalam-se nos corredores diariamente por falta de leitos, os medicamentos são escassos, nos postos de saúde. Os políticos querem continuar se beneficiando com a CPMF, acreditam estar no seu direito, pois no nosso sistema capitalista o individualismo chegou a tal ponto de os representantes populares, irem para a Assembéia pensando nos seus próprios interesses esquecendo-se da sua missão ou seja, ser a voz a povo. As pessoas favoráveis a prorrogação da CPMF, certamente não sabem como é desesperador ver um familiar na fila do SUS. Nunca acordaram de madrugada com o filho queimando em febre, sem ter sequer um meio-de-transporte adequado para leva-lo ao hospital, na esperança de que sua honestidade, sua confiança no governo fosse compensadas e todos os impostos, que muitas vezes fizeram falta na mesa, fossem agora justificados, mas chegando ao hospital, se depara com dezenas de outros pais e suas crianças com doenças contagiosas dentro de uma pequena sala, onde falta tudo, remédio, médico, respeito, mas sobra esperança, sobra calma, sobra fé. Mas fé em que? Nas promessas vazias dos governantes que prometeram uma vida digna para os brasileiros e agora somem como fantasmas, aparecendo somente na hora de aumentar os impostos? Talvez sobre fé, e falte revolta, falte indignação. Falte alguém dizer NÂO. Eu não quero que a CPMF seja prorrogada mais uma vez. Não quero ver minha familia na fila de um hospital enquanto os políticos desfrutam de mordomias com o dinheiro público. Eu digo a NÂO a prorrogação da CPMF!

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